quinta-feira, 4 de julho de 2013

A esposa submissa

Há histórias que são recorrentes. A mais recorrente de todas é o casamento que correu mal.
E se recuarmos umas décadas (ou se calhar nem precisamos) temos aquela história da esposa submissa.

Era uma vez um gentleman que depois de namorar bastante tempo com uma lady a pediu em casamento. A lady aceitou. Casaram. Passados muitos anos separaram-se.
É que o gentleman não era assim tão gentleman.. era autoritário, e ao contrário do que a lady pensava isso não mudou com o casamento. E começou a tomar todas as decisões sem sequer lhe pedir opinião, fosse qual fosse o assunto. Um belo dia a lady descobriu que o marido a traiu e decidiu que enough is enough e saiu de casa, bateu com a porta.

Não vos faz lembrar ninguém?
Dou uma ajudinha.... O marido é o Passos Coelho e a esposa submissa o Portas.
Desde que formaram uma coligação (em que é suposto que os dois partidos tenham igual importância, que é como quem diz, autoridade) que o Passos tem abusado da relação. O Portas não é consultado, não é referido como tendo tomado parte nas decisões, só é igual em teoria.
A Maria Luís foi a gota de água, a traição que não podia ser tolerada.

Mas claro, toda a esposa submissa perdoa o marido e volta a casa

E isso também aconteceu aqui.

A agravante é que enquanto esta gente brinca aos pais e às mães há um país à espera que eles se resolvam, há uma europa a perder cada vez mais a confiança nas suas capacidades parentais.
A credibilidade de Portugal já estava nas lonas, mas estava a ser minimamente recuperada. Agora está tudo a ir por água a baixo, incluindo um trabalho de 2 anos, um esforço de 2 anos.
Nesta altura já nem sei ao certo o que será melhor. Se é o Passos e o Portas recuperarem o casamento, se um Governo de Salvação Nacional.

Sei é que pela primeira vez até estava um pouquinho confiante quanto às perspectivas de futuro, quanto à possibilidade de Portugal recuperar. Não era já, claro que não, e não estava a ser da forma mais agradável, mas tinha esperança que resultasse. Agora já não.

Ps: raramente os casamentos mudam

1 comentário:

  1. está muito bom! é submissa e manipuladora, vai virar a situação e ainda vai pregar uma rasteira no marido (porque nunca perdoa verdadeiramente) e fica com a autoridade toda.

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Observações giras e pertinentes: